12 janeiro, 2019

Cosméticos sem glúten?




A necessidade de apostar em produtos de cosmética sem glúten não é uma questão óbvia e com uma resposta fechada, principalmente quando falamos de pessoas com problemas graves em relação ao glúten - alérgicos, intolerantes e celíacos. No entanto, existem alguns estudos que falam de uma relação directa e que, efectivamente, nestes casos mais graves, o glúten tem influência, mesmo em produtos de cosmética, como cremes, maquilhagem e afins.

Especialistas dividem-se, alguns dizendo que a aposta deve ir no sentido de evitar estes produtos, enquanto outros afirmam que a quantidade de glúten na composição de um cosmético é pequena demais para provocar problemas reais. Não há nenhum protocolo padrão e a questão permanecerá em aberto até existir mais investigação.


- Este artigo americano aborda o assunto de forma esclarecedora, expondo os diferentes argumentos que se debatem- 


Ainda assim, e tendo em conta que para muitas pessoas esta pode mesmo ser uma questão de sobrevivência saudável, somos levados a pensar que, mesmo que o contacto com a pele não seja um problema, e se ingerimos sem querer alguma porção? Falo nisto a pensar em particular nos batons. Em média, estima-se que uma mulher consuma quatro quilos de batom ao longo da vida

E porque é o glúten utilizado na cosmética? Para ligar os diferentes ingredientes, bem como acrescentar a humidade necessária, através de óleos derivados do glúten.

E a verdade é que olhando para a composição de uma base, batom, creme de corpo, champô ou até mesmo pasta de dentes, nada nos leva a crer que exista glúten ou derivados. A palavra não vem escrita explicitamente, como já acontece com os produtos alimentares. Assim, além do óbvio trigo, cevada, malte, centeio, aveia, fique atenta a componentes como: Triticum Vulgare, Hordeum Vulgare, Secale Cereale e Avena Sativa.

E, na mesma medida em que este é ainda um território pouco conhecido para os especialistas, também as marcas pouco apostam na sua produção. Apenas marcas mais naturais o fazem, como é o caso da Hourglass (que não se vende em Portugal). Acredito, porém, que na Terra Pura e no Celeiro se encontrem algumas soluções bem interessantes.

E existe ainda uma marca internacional totalmente dedicada à produção e venda de cosmética sem glúten: a Afterglow - criada com um propósito emocional: a mãe e irmã da fundadora, Kristin Adams, têm doença celíaca, por isso ela aposto neste tipo de produtos, acreditando firmemente na sua importância.

Para dicas e listagem de produtos e marcas glúten-free podem também consultar o blogue Gluten Free Makeup Gal, desenvolvido por uma americana celíaca que se deparou com variados problemas inerentes aos produtos de cosmética.

Em suma, não se sabe muito sobre quanto aos malefícios do glúten em produtos cosméticos, e quanto é preciso para causar efeitos secundários nocivos, mas vale a pena pensar nisso…

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